Ao contrário de Dunga, Alemanha aposta em garotos

A decisão do técnico Joachim Löw, da Alemanha, de levar vários jogadores novatos para a Copa foi de encontro à ideia de Dunga, eliminado ainda nas quartas de final do torneio sul-africano e demitido no último domingo da seleção brasileira.
“Se eu perder, a cobrança vai ser em cima de mim. Até brinquei com o Jorginho que, se fosse para dar experiência, levaria o meu filho, o filho dele…”, disse o ex-volante em 11 de maio, dia da convocação oficial para o Mundial. “Estão falando do Neymar e do Ganso como se fossem o Pelé”, completou o seu assistente, com semblante irritado.
Quase dois meses se passaram e, agora, é o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, quem fala em renovação. E o caso da Alemanha, que nesta quarta-feira enfrenta a Espanha, às 15h30 (de Brasília), pelas semifinais da disputa, é evocado como paradigma.
Dos 23 jogadores de seu elenco, nove ou 39% possuem até 23 anos, idade máxima permitida para o futebol numa Olimpíada. Entre eles, quatro titulares, inclusive o artilheiro do time Thomas Müller, 20 –idade do santista Ganso –, ao lado do veterano Miroslave Klose.
Na defesa, o zagueiro Jerome Boateng, 21, chama a atenção mesmo improvisado na lateral esquerda, assim como o volante de origem tunisiana Sami Khedira, 23, e o meia filho de turco Mesut Özil, 21. A influência multiétnica, aliás, é outra forte característica do grupo: ao todo, são 11 atletas nesta situação.
Completam a relação de garotos o zagueiro Serdar Tasci, 23; os laterais Holger Badstuber, 21, e Dennis Aogo, 23; e os meio-campistas Toni Kroos, 20, e Marko Marin, 21. Leia mais…